Nenhum motivo
Para poesia,
Exceto
Teimosia.
O OURO DA MISÉRIA
Por Mao Punk: Decidi divulgar poesias minhas por email para alguns amigos. Uma amiga, LOah, criou esse blog com tais poesias e me permitiu editá-lo. VALEU,LOAH! Você me ajudou a expandir a expressão! Eis poesias que escrevi entre 2006 aos dias de hoje. Estão fora de cronologia,mas a expressão é livre para isso! Mais uma vez, valeu, LOah! E obrigado a todxs que leem o blog! Sem vocês a expressão ficaria limitada! PAZ E ANARQUIA!
Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.
Visite também meu blog de textos: RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS .
Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.
segunda-feira, 18 de março de 2024
terça-feira, 26 de setembro de 2023
quinta-feira, 14 de setembro de 2023
NICHO
Ninguém me lê.
A poesia é um nicho de desamparados.
Empoeiro no canto
Junto a poetas mal-amados.
A poesia é um nicho de desamparados.
Empoeiro no canto
Junto a poetas mal-amados.
segunda-feira, 17 de julho de 2023
POESIA VOLÁTIL
Volátil é meu riso que cessa,
Também meu lamento calando,
A força que vai aumentando
E que sem aviso regressa.
Volátil a coragem que surge,
Receio que toma meu peito,
Aquilo que nunca foi feito
E toda conquista que urge.
Volátil é a vida que segue!
Que meu caminhar me carregue,
Que sopre ao céu o que sou!
Pois sou um suspiro bem breve,
O peso do mundo mais leve
Que a vida volátil versou.
Também meu lamento calando,
A força que vai aumentando
E que sem aviso regressa.
Volátil a coragem que surge,
Receio que toma meu peito,
Aquilo que nunca foi feito
E toda conquista que urge.
Volátil é a vida que segue!
Que meu caminhar me carregue,
Que sopre ao céu o que sou!
Pois sou um suspiro bem breve,
O peso do mundo mais leve
Que a vida volátil versou.
segunda-feira, 10 de abril de 2023
TUDO O QUE NÃO VIVO
É lindo
E eu aprovo
Tudo aquilo que não vivo!
Contanto que o verso
Me ofereça
Algum alívio.
E eu aprovo
Tudo aquilo que não vivo!
Contanto que o verso
Me ofereça
Algum alívio.
domingo, 9 de abril de 2023
CANÇÃO EM QUADROS
Quero emoldurar como um quadro
Aquele teu beijo em meu rosto
Qual nenhum artista o faria!
Quisera eu - Quem me dera! -
Que minha boca pudesse
Servir de tua galeria.
Aquele teu beijo em meu rosto
Qual nenhum artista o faria!
Quisera eu - Quem me dera! -
Que minha boca pudesse
Servir de tua galeria.
sábado, 8 de abril de 2023
SEU OLHAR FOI MEU
Seu olhar foi meu
De um jeito ou de outro:
Se não era a mim quem via,
Se sou louco,
A certeza que havia
Ainda há pouco
Era meu olhar no seu
Num encontro.
De um jeito ou de outro:
Se não era a mim quem via,
Se sou louco,
A certeza que havia
Ainda há pouco
Era meu olhar no seu
Num encontro.
segunda-feira, 6 de março de 2023
HAIKAI DO TEMPO
I
Relógio segue.
Nesse curso das horas
Ampulheto-me.
Ponteiro corre.
Amanheci de novo,
O sonho morre.
III
Algo desperta
Entre o que finda agora
E o que começa.
IV
A folha secou
Bem ao pé da árvore
E então ficou.
V
Eu criei raiz:
Finquei na folha branca
E lá me refiz.
Relógio segue.
Nesse curso das horas
Ampulheto-me.
II
Ponteiro corre.
Amanheci de novo,
O sonho morre.
III
Algo desperta
Entre o que finda agora
E o que começa.
IV
A folha secou
Bem ao pé da árvore
E então ficou.
V
Eu criei raiz:
Finquei na folha branca
E lá me refiz.
RESOLUTIVO
Com tantas marcas na lembrança
E tantas outras que virão,
Às vezes não ser nada cansa,
Às vezes é a solução.
sábado, 25 de fevereiro de 2023
DAS MARCAS QUE DEIXAMOS
Na pressa do alívio
Há rastros deixados,
Pegadas corridas,
Momentos calados.
Na pressa da vida
O toque é invisível,
O feito se torna
Irreconhecível.
Na pressa da cura
Morremos por dentro
E o que florescemos
Se perde no vento.
Na pressa do verso,
Poeta é espinho
E a ferida aberta
Aponta um caminho.
Há rastros deixados,
Pegadas corridas,
Momentos calados.
Na pressa da vida
O toque é invisível,
O feito se torna
Irreconhecível.
Na pressa da cura
Morremos por dentro
E o que florescemos
Se perde no vento.
Na pressa do verso,
Poeta é espinho
E a ferida aberta
Aponta um caminho.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2023
QUANDO O PEITO ESVAZIA ou TÃO LOGO EU DESCARREGO
Todo vão que vem
É voo.
Se paro em meio ao cheio,
Ao chão.
Rastejo sem espaço,
Ao passo
Que o que se esvazia
É vazão.
É voo.
Se paro em meio ao cheio,
Ao chão.
Rastejo sem espaço,
Ao passo
Que o que se esvazia
É vazão.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2023
BAGAGEM AFORA
Onde não caibo, sobro.
Onde me sobro, excedo.
E se me excedo, surjo
Maior do que me vejo.
E se me vejo, existo
E quando existo, sinto.
E se me sinto, eu peso
Como me pesa o mundo.
E se sou mundo, vago
Os meus espaços. Dentro,
São como espaços vagos
Para o que em mim me excedo.
E se me excedo, surjo.
E quando surjo, existo.
E meu espaço é o mundo
Que carrego comigo.
Onde me sobro, excedo.
E se me excedo, surjo
Maior do que me vejo.
E se me vejo, existo
E quando existo, sinto.
E se me sinto, eu peso
Como me pesa o mundo.
E se sou mundo, vago
Os meus espaços. Dentro,
São como espaços vagos
Para o que em mim me excedo.
E se me excedo, surjo.
E quando surjo, existo.
E meu espaço é o mundo
Que carrego comigo.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2023
DO OUTRO LADO
Eu vi com pesar Brasília destruída,
Eu vi nos jornais o caos acontecendo,
Como se a Justiça fosse fenecendo
Pela ignorância agora admitida.
O ímpeto vil da massa corrompida
Tentando calar nossa Democracia
E a sufocar com sua covardia
Todas as conquistas ora atingidas.
Seria, por certo, o caos em sua essência
A fazer do dia um mal sem precedência,
A causar horror de forma inconsequente,
Mas o dia trouxe a sua companhia!
Fez o caos cessar num passe de magia,
Fez o amor crescer inexplicavelmente!
Eu vi nos jornais o caos acontecendo,
Como se a Justiça fosse fenecendo
Pela ignorância agora admitida.
O ímpeto vil da massa corrompida
Tentando calar nossa Democracia
E a sufocar com sua covardia
Todas as conquistas ora atingidas.
Seria, por certo, o caos em sua essência
A fazer do dia um mal sem precedência,
A causar horror de forma inconsequente,
Mas o dia trouxe a sua companhia!
Fez o caos cessar num passe de magia,
Fez o amor crescer inexplicavelmente!
sábado, 31 de dezembro de 2022
sexta-feira, 16 de dezembro de 2022
O TOQUE
Sei que parece inacreditável,
Mas eu vi o que aconteceu:
Uma Borboleta tocou o Mar
E todo o Mar se derreteu.
Mas eu vi o que aconteceu:
Uma Borboleta tocou o Mar
E todo o Mar se derreteu.
domingo, 20 de novembro de 2022
terça-feira, 15 de novembro de 2022
quarta-feira, 12 de outubro de 2022
NEUROQUÍMICA
Será
Que tudo
Seria sina?
Ou só
Que seja
Serotonina?
Se tanto
falta,
Me caberia?
Se algo
Sobra,
Me poesia.
Que tudo
Seria sina?
Ou só
Que seja
Serotonina?
Se tanto
falta,
Me caberia?
Se algo
Sobra,
Me poesia.
quarta-feira, 5 de outubro de 2022
DOS VENTOS
Soprou, o vento, a trégua inesperada.
Veio quase do nada, assobiando,
Tal qual o próprio ar se renovando
Ao fim de uma estação ora acabada.
Então observei à minha volta
Com olhos de quem fora intrigado
Se havia algo no clima alterado,
Se o tempo poderia dar resposta.
A mesma estação permanecia,
O que por si não justificaria
Essa súbita brisa me tocando.
Mas tua atenção se fez presente
E assim notei imediatamente:
Era tua presença em mim soprando!
Veio quase do nada, assobiando,
Tal qual o próprio ar se renovando
Ao fim de uma estação ora acabada.
Então observei à minha volta
Com olhos de quem fora intrigado
Se havia algo no clima alterado,
Se o tempo poderia dar resposta.
A mesma estação permanecia,
O que por si não justificaria
Essa súbita brisa me tocando.
Mas tua atenção se fez presente
E assim notei imediatamente:
Era tua presença em mim soprando!
quarta-feira, 14 de setembro de 2022
SOSSEGA, POETA!
Sossega, poeta! Aquieta!
Ninguém vem pelo que escreve,
Nem fica pelo que lê.
Sossega, poeta! Aquieta!
Hoje verso ignorado.
Amanhã outro a nascer.
Ninguém vem pelo que escreve,
Nem fica pelo que lê.
Sossega, poeta! Aquieta!
Hoje verso ignorado.
Amanhã outro a nascer.
segunda-feira, 12 de setembro de 2022
SONETO DE SEXTA-FEIRA
Silêncio! Há um barulho em algum canto!
Parece o assobiar de um passarinho.
Talvez, se procurar, encontre o ninho
De onde surge o som como acalanto.
Quem sabe, na verdade, esse barulho
Seja um sino dos ventos ressoando?
Mas este arrepio em mim soprando
Parece me dizer vir de outro rumo.
Escuto com atenção e me dou conta
Que todo este barulho que desponta
Era dentro do peito de onde vinha:
É do meu coração que acelera
E faz soar o som de primavera,
Porque a sua mão tocou a minha!
Parece o assobiar de um passarinho.
Talvez, se procurar, encontre o ninho
De onde surge o som como acalanto.
Quem sabe, na verdade, esse barulho
Seja um sino dos ventos ressoando?
Mas este arrepio em mim soprando
Parece me dizer vir de outro rumo.
Escuto com atenção e me dou conta
Que todo este barulho que desponta
Era dentro do peito de onde vinha:
É do meu coração que acelera
E faz soar o som de primavera,
Porque a sua mão tocou a minha!
quinta-feira, 25 de agosto de 2022
FÔLEGO
Quem ao vendaval retorna
Esperando novos ares
Não encontra solução:
Gasta o fôlego restante
E não pode ir adiante
Se jogando ao furacão.
Esperando novos ares
Não encontra solução:
Gasta o fôlego restante
E não pode ir adiante
Se jogando ao furacão.
segunda-feira, 1 de agosto de 2022
AMOR DO SUL
Tanto me marcara que ainda hoje sinto
Cada vento teu que tuas asas sopram
E as tuas cores quando ao Mar se voltam,
Como na beleza de um quadro infinito!
Tanto me tocara! E mesmo neste instante,
Sinto ainda a força por qual fui tocado,
Como se o meu coração encasulado
Por fim se rompesse e abrisse ao horizonte
O caminho ao céu! Voara a Borboleta!
Mais altiva ao ar do que qualquer cometa,
Mais impactante que astro incandescente!
Vi nascer em mim um bem-querer alado,
Vi voar além de um Mar tão limitado,
Vi morar em mim um amor permanente.
Cada vento teu que tuas asas sopram
E as tuas cores quando ao Mar se voltam,
Como na beleza de um quadro infinito!
Tanto me tocara! E mesmo neste instante,
Sinto ainda a força por qual fui tocado,
Como se o meu coração encasulado
Por fim se rompesse e abrisse ao horizonte
O caminho ao céu! Voara a Borboleta!
Mais altiva ao ar do que qualquer cometa,
Mais impactante que astro incandescente!
Vi nascer em mim um bem-querer alado,
Vi voar além de um Mar tão limitado,
Vi morar em mim um amor permanente.
quinta-feira, 7 de julho de 2022
SONETO DE AMOR CONCRETO
A resposta surge muito prontamente
A quem porventura tem me perguntado:
"Sobre amores vindos e concretizados,
Quantos doces lábios foram, ternamente,
Pelos calorosos lábios teus beijados?".
Mas minha resposta, surpreendentemente,
Surge como fato um tanto diferente.
Eis que então destoa do que é esperado:
"Eu vivi amores que, provavelmente,
Poucos poderão viver intensamente,
Eu concretizei amores abastados!
Mas de meus amores, curiosamente,
Nenhum beijo dado, pois infelizmente,
Eu vivi o amor sem nunca tê-lo ao lado."
A quem porventura tem me perguntado:
"Sobre amores vindos e concretizados,
Quantos doces lábios foram, ternamente,
Pelos calorosos lábios teus beijados?".
Mas minha resposta, surpreendentemente,
Surge como fato um tanto diferente.
Eis que então destoa do que é esperado:
"Eu vivi amores que, provavelmente,
Poucos poderão viver intensamente,
Eu concretizei amores abastados!
Mas de meus amores, curiosamente,
Nenhum beijo dado, pois infelizmente,
Eu vivi o amor sem nunca tê-lo ao lado."
segunda-feira, 16 de maio de 2022
domingo, 15 de maio de 2022
SONETO INQUIETO
Eu cedo à inquietação que me sussurra
E essa inquietação a mim segreda:
E essa inquietação a mim segreda:
"Sou parte do sorriso que te alegra",
Zombando, com razão, inda murmura:
"À parte do transtorno que te causo,
Sou eu que te elevo os pensamentos
Ao transformar em versos teu tormento,
Outrora só lamento em seu acaso".
E eu, por minha vez, já contentado,
Confesso à inquietação, com riso dado,
Um riso que se ri ao ser rendido:
"Tens a razão", prossigo emocionado,
"Não haveria verso algum brotado
Sem toda inquietação que andei sentindo".
Zombando, com razão, inda murmura:
"À parte do transtorno que te causo,
Sou eu que te elevo os pensamentos
Ao transformar em versos teu tormento,
Outrora só lamento em seu acaso".
E eu, por minha vez, já contentado,
Confesso à inquietação, com riso dado,
Um riso que se ri ao ser rendido:
"Tens a razão", prossigo emocionado,
"Não haveria verso algum brotado
Sem toda inquietação que andei sentindo".
quinta-feira, 28 de abril de 2022
DE TANTO EM TANTO
Não há vez sequer que me aconteça
De te olhar e não sentir desejo.
A vontade surge se te vejo,
Faz-me querer ser quem te mereça!
Não há vez sequer que não me cresça
A vontade de sentir teu beijo.
Para além de um rápido lampejo,
O desejo finca a sua presença!
Mas é natural que assim seja!
Quem te vê por certo te almeja,
Pois não se resiste a tal encanto!
Porém, noutros, o desejo passa,
Enquanto que em mim a tua graça
Só se faz crescer de tanto em tanto!
A vontade surge se te vejo,
Faz-me querer ser quem te mereça!
Não há vez sequer que não me cresça
A vontade de sentir teu beijo.
Para além de um rápido lampejo,
O desejo finca a sua presença!
Mas é natural que assim seja!
Quem te vê por certo te almeja,
Pois não se resiste a tal encanto!
Porém, noutros, o desejo passa,
Enquanto que em mim a tua graça
Só se faz crescer de tanto em tanto!
domingo, 27 de março de 2022
DANIEL E O SOL GEOMETRICAMENTE AJUSTADO
Treze anos depois e o Sol é outro.
Não há molduras que limitem seu brilho.
Tudo é desconhecido, tudo é novo,
Mas o endereço do amor é o mesmo.
Só o caminho é que está diferente!
O ar está diferente. A vida está diferente.
A vida é outra e não cabe entre grades.
Daniel disse que um anjo lhe foi enviado.
Hoje nasceu um anjo da voz de um homem.
Não há molduras que limitem seu brilho.
Tudo é desconhecido, tudo é novo,
Mas o endereço do amor é o mesmo.
Só o caminho é que está diferente!
O ar está diferente. A vida está diferente.
A vida é outra e não cabe entre grades.
Daniel disse que um anjo lhe foi enviado.
Hoje nasceu um anjo da voz de um homem.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2022
POESIA PÓSTUMA XI
A sensação do nada me atormenta,
Atinge-me o vazio do que me resta.
É certamente o fato que me atesta
Não pertencer aos vivos do planeta.
Como se eu degustasse a morte lenta,
Aos poucos dilacero a carne viva
Até não sobrar carne, nem saliva,
Restando ao léu a carcaça cinzenta.
Sou eu esta carcaça escanteada,
A pedra, o chão, o piso, o pus, o nada,
A própria irrelevância em sua essência,
Um morto a se sentir como piada,
Risível pelo rumo de sua estrada,
Apodrecendo da própria existência.
É certamente o fato que me atesta
Não pertencer aos vivos do planeta.
Como se eu degustasse a morte lenta,
Aos poucos dilacero a carne viva
Até não sobrar carne, nem saliva,
Restando ao léu a carcaça cinzenta.
Sou eu esta carcaça escanteada,
A pedra, o chão, o piso, o pus, o nada,
A própria irrelevância em sua essência,
Um morto a se sentir como piada,
Risível pelo rumo de sua estrada,
Apodrecendo da própria existência.
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