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Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A ESPERA

Deixa eu pensar na vida
Que se foi – inda se vai –
Que se não penso sumo,
Se sumo não sei ser eu.
Esse eu pensativo
Na vida que se esvai,
No passado que se foi.
Se penso, estou aqui,
Se aqui fico, agora,
Há agouro que não há
Se não penso e morro
Em momentos de silêncio
Do vão que acalma
E desespera o ser.
E o recheio,
O meio, o anseio,
Deixo que me surja
Nesse meio tempo
No que desconheço
Por ser interrogação
E aparecer exato
Quando penso e estou aqui
Esperando sem esperar.

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