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Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A FOME

A fome que me ataca
Não vem do estômago vazio
Ou de um prato ausente
Num dia de frio.
A fome que me ataca
Não fere o corpo,
Não esvazia um copo
Buscando deleite
Num copo de leite.
Essa fome não se sacia
Da boca p’ra dentro,
No garfo, na língua,
No teor da saliva.
A fome que tenho
Não vem da miséria
Que causa mazela,
Mal de nosso tempo.
É uma fome poética,
Oh, mente faminta!
Que reclama versos,
Tempero das linhas.
Tal culinária,
Alimento da alma,
Reclamo com fome
Em minha poesia.

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