Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.

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Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

INFLUESSÊNCIA

Se me entristeço, não sou Florbela.
Não se faz bela como a flor a poesia.
Se me apaixono, como queria
Que fosse o verso qual Camões então fizera!

Não criativo. Assim pareço aos demais
Tão logo que Leminski é lembrado.
Se sou amante, digo sou mais frustrado
Se comparado a Vinícius de Moraes.

Tanto à mente. Quase sou muitos,
Mas nunca muitos como Fernando Pessoa.
No mar da vida nem sou lagoa!
Deixo à Meireles este oceano profundo.

Não canto a morte, pois eu não sei
Como fazê-lo belamente qual Bandeira.
Em meu caminho, se há pedreira
Não sou Drummond p’ra lhe contar como ele fez.

Eu sou poeta? Que posso ser?
O que são eles? O que é quem quer que escreva?
Se sou poeta, é minha leveza!
Mas nada faço. Nada além de me escrever.

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