Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.

Visite também meu blog de textos: RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS .
Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

SONETO À FLOR DE SANTANA

Tanto fui surpreendido por essa vontade
De versar-te, Flor, que agora lhe confesso:
Eu já não sei sequer como formar um verso
Que poetize o anseio com fidelidade.

Inspiração me surge viva, no entanto
De mim foge a altivez que vem da poesia.
O verso já não cumpre aquilo que devia,
Se esvai, sem alegria, a perecer num canto.

Oh, Flor! É com penar que te peço desculpas
Se o verso acabrunhado acaso te machuca
Por ter faltado aqui um tanto de gracejo.

Mas há de entender este poeta errante:
Seria a poesia mais emocionante
Se aqui não me faltasse a graça de teu beijo.

Um comentário: