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quarta-feira, 19 de junho de 2013

CRÔNICA DO PRANTO DELA e PALAVRAS CALADAS QUE AGORA SÃO NOSSAS

Não pude entregar os versos a ela.
Ela chorava. E não pude entregar os versos a ela.
Não consegui romper o pranto com a poesia.
E por não o fazer, no meu peito também
Há um pranto desconsolado, frustrado.
Ah, se ela soubesse que havia verso!
Ah, se ela soubesse que seu pranto é o meu!

Apenas a vi sem querer. E a vi chorar.
Decerto que nunca mais, em momento algum,
Tornarei a vê-la. Mas o pranto dela é meu pranto
E sua dor é a dor que ela deixou em mim.
Sua dor é todo verso que escrevo.
Sua dor é a poesia que tenho comigo.

Não pude entregar os versos a ela,
Mas eu os escrevi. E não posso, por nada,
Deixá-los morrer. Alguém os necessita!
Portanto exponho aqui nossas dores,
Exponho nós dois, como um, nestes versos
Que eram tão dela, tão eu, tão nós...
E agora são todos, são versos de todos!

Palavras Caladas Que Agora São Nossas:

“Não há pranto que não regue!
Este sal que cai do rosto
Nutrirá, com novo gosto,
O sorriso que prossegue.”

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